Meu site de cara nova!

 

            Sendo uma menina que cresceu assistindo histórias de princesa e lendo romances adolescentes, é claro que minhas expectativas para o amor são um pouco altas. As referências são de caras que movem o mundo para estarem com suas amadas e fazê-las felizes.

            Sendo uma menina que viveu uma adolescência não sendo exatamente agraciada com o dom da beleza (as fadas madrinhas esqueceram de passar no meu batizado) e não viveu nenhuma história de amor juvenil, é claro que, hoje em dia, quando um cara me enche de elogios, eu acabo me curvando para a frente (sabe quando você coloca a mão no peito e se joga para a frente como se seu coração tivesse sido atingido? Então, é sobre isso que estou falando).

            É verdade que o tempo me fez bem e eu acabei ficando um pouco mais atraente, mas as decepções amorosas são comuns a pessoas de todos os tipos de aparência (tenho inúmeras histórias, e não procuro aborrecer ninguém aqui, então vou fingir que esqueci o meu único namoro que durou somente uma semana e focar nas coisas boas... é, não tenho nenhuma no quesito romântico, mas pelo menos me sobram ofertas de seres do sexo oposto querendo ser agraciados com a minha presença em seus quartos, se é que isso pode ser considerado algo bom).

            O fato é que, quando um garoto me aborda, com gentileza e, por um acaso que pode não ser tão aleatório assim e sim uma mistura de características, biológicas, psicológicas e energéticas, eu me interesso pelo dito cujo, me interesso por inteiro.

            Geralmente a história se dá da seguinte forma: ele vem atrás de mim, fala umas palavrinhas bonitas e eu começo a achar que seu rosto também pode ser creditado com este adjetivo e começo a me curvar para a frente (já cobrimos o significado da expressão). Eles não economizam saliva (ou dedos, quando estamos falando de mensagens) para me elogiar e prometer uma ou quinhentas coisas (uns na realidade, outros só na minha cabeça, mas pelo menos eu sou apenas uma romântica fanfiqueira, e não mentirosa).

            Aí começa a parte em que não consigo tirar o escolhido da vez da cabeça, e fico lembrando das coisas que ele me disse. Dele? Mais especificamente dos cenários que ele alimentou. E foi aí que percebi: que carência desgraçada! Nem sei quando foi a última vez que me apaixonei por uma pessoa de fato, e não pela expectativa de ser amada.

            Chegou a hora da terapia, que é quando eu peço que você se questione? Você está amando alguém ou só como esta pessoa faz você se sentir? (Ou pelo menos o que disse que ia fazer) Claro que é muito bom ser amada, acolhida e mimada, mas tenha certeza de que você não está com alguém pelos motivos errados, pois esta pessoa também merece ser amada por completo.

            No final das contas, eu é que estava sendo injusta com os indivíduos masculinos (não que eles não cometessem a sua cota de erros). Você gosta dele só porque ele gosta de você? Insuficiência. Está na hora de aprendermos a amar a nós mesmas, o que pode ser um processo bem longo, para somente depois sermos capazes de realmente amar alguém, pelo que esta pessoa é, e não pelo que pode nos proporcionar.

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