Meu site de cara nova!

 

            Oi... eu prometi que ia criar coragem para te dizer alguma coisa. Por quê? Porque simplesmente parece justo. Com tudo de bom que você está me fazendo sentir, eu acho que preciso retribuir (olha, até rimou!).

            Lembra da partida de xadrez que nós jogamos? Era uma festa e parecia estranho estarmos brincando com as nossas mentes, em meio a toda aquela estratégia que eu fingi ter (e nem funcionou, já que perdi o jogo), mas contigo, aquela simulação de guerra ficou leve e quase romântica.

            Tem um casal lá no meio: o rei e a rainha. Eu sei que, se você fosse uma das peças do xadrez, com certeza seria a torre, em função da sua altura monumental, mas eu estou tentando ser romântica aqui, então colabore comigo. A rainha é a peça mais poderosa, que se move em todas as direções e quantas casas quiser de uma só vez, e era assim que eu me sentia antes de você: solteira e com aquilo que costumam caracterizar como liberdade, permeando entre os quadrados brancos e pretos, dando-me a chance de conhecer todos os espaços do tabuleiro.

            Mas quem vale mais é o rei. Perde-se o rei e perde-se o jogo.

            Se eu te perder agora, todo o meu time será considerado um fracasso. O time do meu coração, dos meus sentimentos e dos meus pensamentos (que insistem em se distrair e voltar para você, enquanto conto os dias para uma festa em plena terça-feira). Soei desesperada? Juro que não sou louca, mas talvez eu esteja começando a acreditar neste negócio de almas gêmeas por causa da gente. Sim, da gente, porque falo de você, mas me incluo aqui. O rei pode ter todo o seu valor, mas precisa da ajuda de sua rainha, a qual dita de qual lado essas duas peças vão ficar.

            Tenho medo de fazer um movimento muito ousado no começo do jogo, pois já foram muitas partidas nas quais minha dignidade e confiança foram capturadas, o que me deixou com algumas peças a menos. Teve aquele ex com o qual nunca nem mesmo tive um encontro, e ele conseguiu me decepcionar. Houveram traições e mais pancadas que posso contar, então tenha certeza de que posso confiar em você, antes de fazer um movimento em diagonal com um peão ou em L com um cavalo (os primeiros do jogo).

            Eu já estava desistindo das peças masculinas, dizendo que me atraio somente por mulheres (como se a gente escolhesse...), mas agora digo que me atraio por elas e por ele, no singular. Ele, mais especificamente sendo você.

            Enquanto esta carta é escrita, eu penso na nossa história, lembrando das coisas que você me disse, fazendo questão de salientar que vou ser sua. Será mesmo? A resposta dada por minha paixão é que só depende de você, e a resposta dada por minha razão é que... só depende de você.

            Já perdi a partida no dia da festa, mas não me importei. Você levou minhas peças e minha guarda baixou. Te entreguei a rainha com um pouco de dor, mas tendo a certeza de que não sou a perdedora desta história, enquanto me estico para alcançar a sua boca, aquela que me chama e me beija.

            Que tal outra partida? O que acha de ficarmos no mesmo time desta vez? (Se você quiser ser meu adversário e vencer de novo, vou dizer que te deixei ganhar, para a humilhação ser um pouco menor.)

 

Com todo o carinho que sou capaz de desenhar,

Carol. 

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